Amo as libélulas, aqueles voadorzinhos que parecem um helicóptero. Conhecem?
Para mim são sempre portadoras de boas novas, me alegro ao avistá-las, quando uma adentra minha
casa, então, nem se fala. Pois vou contar o que aconteceu:
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Não foi nada demais, mas meu coração se alegrou.
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Estamos próximos do mar, os dias são sempre quentes e ensolarados nesta região nordeste do Brasil,
entretanto, há um período de chuvas, que por aqui, chama-se de inverno.
A noite toda o céu passou desaguando sobre a cidade, eu notara o mar mais cheio e de cor azul índigo,
a temperatura mais amena, agradável. O dia passou garoento, com aquela chuvinha fina, mas ao final da tarde o tempo secou e os moradores puderam sair a passear e outra noite se anunciava com novas chuvas.
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Sabemos que nas estações chuvosas, muitos pássaros e insetos perdem seus ninhos e procuram abrigos mais secos. A varanda de casa estava aberta para ventilar, o céu já coberto pelo manto escuro da noite, que prometia mais água. As luzes de casa acesas, atraíram o pequeno inseto para dentro. Ouvi um farfalhar de
asas e fui ver do que se tratava, havia chegado uma libélula, atraída pela iluminação, girava como as mariposas em torno das lâmpadas acesas. Deixe que ela fique aqui, é uma libélula, disse ao meu filho.
Passou a noite, veio o dia e a claridade do meio-dia, silêncio. Fiquei em casa para a faxina, havia me esquecido do pequeno inseto, pensei que já tivesse ido. Passo a vassoura próximo à vidraça da varanda, afastando uma caixa de costura que deixo por ali. O farfalhar de asas volta e surge a pequenina libélula que me parece de cor azul, imediatamente, abro bem as portas para que ela possa partir. Atendendo ao apelo das portas bem abertas, ela se encaminha para fora e eu fico a olhá-la. Não voa, permanece imóvel. Assim, que me afasto em busca dos óculos para melhor apreciá-la e ver se estava machucada, ela deliberadamente
voa, em direção à liberdade que se oferecia. Livre, livre, linda, linda, ela se foi...e me deixou a alegria de Ser e sentir-me Livre. Um bem maior.
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Obrigada pequena libélula!
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