Vivemos hoje um tempo de transformações, conforme abordei
na postagem anterior "Imaginar, Criar e Construir uma Cidade".
Novos paradigmas estão sendo formulados em diversas áreas
do conhecimento humano. As cidades como as conhecemos hoje, estão se
tornando insuportáveis para se viver com qualidade.
Isto é interessante, pois, históricamente, segundo parâmetros
econômicos e sociais temos evoluído; houve um incremento no
sucesso dos tratamentos de doenças, foram alcançados níveis
maiores de expectativa de vida, muitos países ultrapassaram as
linhas de pobreza enfim, índices de desenvolvimento foram
identificados em diversas sociedades.
No entanto, talvez até de forma paradoxal , os grandes centros
urbanos, que servem de modelo às demais cidades, foram se organizando
de tal forma que hoje pode-se dizer que constituem fator de intoxicação
para a vida humana. Fala-se dos problemas de trânsito, de poluição, de
lixos acumulados, da falta de verde, da violência, das relações humanas
degradadas, da solidão e tantos outros problemas são apontados; na
realidade eles são produtos de uma forma de organização social e
econômica que precisa ser reformulada, remodelada ou reinventada.
São estes os fatores que apontam para a necessidade de cidades
novas. E por que não, uma feliz-cidade? Afinal, todos temos o direito
de sonhar. E por que não sonhar com uma cidade para pessoas em que se
possa viver com qualidade e em paz e harmonia com a natureza?
E para contribuir para alcançar este propósito vamos utilizar a via
da imaginação e da criatividade. Talvez, em outra oportunidade eu venha
a justificar a minha opção por este caminho e não o da lógica.
Você deve ter tido a oportunidade de conhecer pelo menos uma
cidade além daquela em que reside, deve ter percebido como as cidades
e sua organização influenciam a vida e o comportamento das pessoas. Se
você assistiu ao vídeo ao lado "Cidade para Pessoas", verá como algumas
medidas adotadas pela população e seus governantes pode simplificar e
proporcionar mais qualidade de vida às pessoas, deixá-las mais tranquilas
e em maior bem-estar.
É de Jan Gehl este projeto de Cidade para Pessoas, implantado em
Copenhaguem, como forma de mostrar que priorizar as pessoas era o melhor
para criar boas cidades. Para ele a população deve participar do processo
criação dessas cidades, e faz a ressalva de que é necessário que as pessoas
exijam as coisas certas. Acrescenta, explicando que se faz necessária a
circulação de informações sobre como uma cidade pode ser melhor para que
a sociedade reinvindique aquilo que de fato é importante para a melhoria de
vida delas.
Assim, sugiro que se você tiver interesse no assunto, se nutra com
frequência de informações sobre o que pode fazer a diferença na sua vida, e
das outras pessoas. Informações que o auxilie a imaginar e reinvindicar uma
cidade melhor para se viver.
Enquanto isto, vamos sonhar. ( siga a próxima postagem em que
apresentarei uma proposta de visualização, continuação desta Parte 1)
(EMRC, 2011)
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