terça-feira, 24 de maio de 2011

HOMEM-NATUREZA

          Esta poesia, se assim posso chamá-la, escrevi
assim que cheguei a Fortaleza, e na época teve por
parte de alguém uma interpretação sobre minha
subjetividade, e não deixa de ser, mas hoje atualizando-a
aqui neste blog que também traduz questões sobre a
situação do nosso planeta, vejo que naquela época eu,embora
ainda muito jovem e sem as vivências das crises pelas
quais passamos nos tempos de hoje, já tinha em meu interior
uma consciência de que somos um com o universo, o que
talvez possa ser chamado de uma consciência planetária.
Muitos de nós a temos e sempre tivemos, entretanto, faltam-nos
os instrumentos/meios de uma ação eficaz para desenvolver
e gerir uma nova economia planetária. Vejam abaixo a poesia:



                        O  MAR...
  O CÉU..

                                A LAVANDEIRA, A LAVANDEIRA...

           COLOQUE-SE NO MEIO DISTO E VERÁS
    
   QUE ÉS APENAS UM HOMEM

           PERCEBA-SE COMO SOL UMA NOTA

              NO UNIVERSO MUSICADO

     E A NATUREZA É EQUILÍBRIO - HARMONIA

   VOCÊ É SÓ PARTE DESTE TODO

  NÃO SE DÊ MAIS VALOR DO QUE LHE ATRIBUI
                    A NATUREZA

  ABRA SEUS SENTIDOS E SÊ RECEPTIVO AO QUE
                    VOCÊ NÃO É

          POIS, VOCÊ APENAS É

   NÃO SE EXCLUA, NÃO SE DISTINGA

  PARE DE BRINCAR DE DOMINADOR, PODEROSO

              NÃO SUBJUGUE

  VOCE TORNA FRACO PARA SER FORTE

  MAS, ELA, A GRANDE MÃE, O QUE É VIVO
              E PERMANECE VIVO

      CONTINUA SENDO O QUE É

      VOCÊ É DELA, VOCÊ É ELA!

               SÊ HUMILDE!

  RECONHEÇA O QUE É COM VOCÊ

              MAIOR QUE VOCÊ!

                                              04/1978

                                             (EMRC)

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