FRATERNIDADE E O PLANETA: UNIÃO, OUTRA DIMENSÃO MATERIAL DA FRATERNIDADE

                        
                        Nos artigos, abordamos a Terra em Revolta e, focalizamos                          uma das dimensões materiais da Fraternidade: a Solidariedade. Neste, nos                             centraremos em outra dimensão material da Fraternidade: a União.   Já no próximo,             pretendemos tratar da Fraternidade em sua dimensão espiritual.
                         A Fraternidade na segunda dimensão material, conforme a concebemos, é a
União, dirigida primordialmente às ações políticas. São ações grupais/coletivas em torno de
questões que visam o bem social-comunitário e, no caso que envolve o Planeta, ações que
devem ter alcance mundial.
                         É a União na forma de manifestação favorável ou desfavorável a alguma
matéria de interesse coletivo. Grupos e organizações se reunem e se fazem ouvir
expressando a sua consciência, suas intenções e projetos, podendo afirmar" Sim, é isto
que queremos', ou então bradar "Não, não é esse o caminho, busquemos alternativas."
                         Há povos e sociedades democráticas, que já tem introjetado em seu
modo de vida ações políticas_não as politicagens_. Enquanto que há outros, como é o
caso de nosso país, em que há uma espécie de alienação nesta esfera que exige a União
para as ações políticas. O argumento que existe de que o povo brasileiro é um povo
pacífico é enganoso, pois os níveis de violência aqui são bastante altos.
                         A União como vertente da dimensão material da Fraternidade em um
sentido político exige educação e cultura. Solicita uma visão macroscópica de universo,
sociedade, organização e coletividade. 
                         União requer articulações e alianças; assim como no caso da
Solidariedade, envolve um movimento em direção ao outro no sentido de agregar forças
para atingir um objetivo comum. No caso das usinas nucleares, tivemos notícias recentes
de uma manifestação em forma de passeata pelos japoneses, questionando a necessidade
da existência das mesmas. É o povo se juntando, sabendo dos riscos, e expressando
seu pensamento; é o destino deles que está em jogo.
                         Só agora soubemos que o governo brasileiro pretende instalar diversas
novas usinas em nosso país. Alguém nos perguntou se desejamos isso? Se queremos
correr os mesmos riscos que hoje é vivenciado pelo povo japônes? Vamos concordar?
Seremos omissos? Que atitudes devemos tomar diante de mais esta inquietude que
nos aflige? Pois, é amigos, a fraternidade também passa pela União que demonstra a
existência de uma relativa unidade entre pessoas, grupos, organizações, governos e povos.

                                                              
                                                                 (EMRC, 2011)